Estamos involuindo de uma crença tola no futuro para a mistificação do passado (Zigmunt Bauman)
quarta-feira, 29 de maio de 2019
Retrotopia
De volta ao passado na era da nostalgia
Decorrente da crise dos Estados-nação e do abismo cada vez maior entre poder e política, a retrotopia é a utopia do passado.
Vivemos a perda completa da esperança de alcançar a felicidade em algum lugar idealizado no futuro - como a famosa ilha Utopia imaginada por Thomas More -, o que leva a uma glorificação de práticas e projetos de tempos passados.
Esse é o último livro de Bauman, o grande pensador da modernidade líquida, falecido em janeiro de 2017.
Retrotopia disseca o fenômeno atual de busca por um mundo melhor não mais no futuro a ser construído, mas em ideias e ideais do passado, como nacionalismos exacerbados e fechamento de fronteiras.
Assim, a nostalgia se transformou em um mecanismo de defesa nos últimos tempos.
Grandes planos do passado - abandonados, mas não mortos - estão sendo ressuscitados e reabilitados como possíveis caminhos para um mundo melhor.
https://books.google.com.br/books/about/Retrotopia.html?id=PG9_tAEACAAJ&source=kp_book_description&redir_esc=y
Este mensário ou oráculo ou jogo acontece durante cada um dos 5 meses do Calendário SPIN : Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. : email de acesso: goiania
Utopia ou retropia?
Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, autor de vasta obra, já que escreveu mais de 70 livros,
30 dos quais publicados no Brasil, é um pensador muito citado por sua originalidade.
Foi ele quem escreveu “Modernidade Líquida”, “Amor Líquido”, “A Riqueza de Poucos
Beneficia Todos Nós?”, “Babel – Entre a Incerteza e a Esperança”, “Estranhos em nossa
Porta” e muitos outros.
30 dos quais publicados no Brasil, é um pensador muito citado por sua originalidade.
Foi ele quem escreveu “Modernidade Líquida”, “Amor Líquido”, “A Riqueza de Poucos
Beneficia Todos Nós?”, “Babel – Entre a Incerteza e a Esperança”, “Estranhos em nossa
Porta” e muitos outros.
No próximo ano publicará “Retrotopia”, um ensaio sobre a necessidade de se voltar ao
passado e não pensar em edificar algo diferente no futuro. Sem ler o livro, que ainda não
foi publicado, concordo que ele tem certa razão. Já fomos muito melhores do que somos.
Em termos de civilidade, então, retrocedemos aceleradamente.
passado e não pensar em edificar algo diferente no futuro. Sem ler o livro, que ainda não
foi publicado, concordo que ele tem certa razão. Já fomos muito melhores do que somos.
Em termos de civilidade, então, retrocedemos aceleradamente.
Quando vejo a sujeira das cidades, as pichações, os maltratos a tudo o que é público – e,
portanto, é de todos – chego a pensar como alguns pessimistas que a humanidade é
um projeto questionável. Todos temos o direito de sonhar com uma sociedade mais
acolhedora e uma vida decente e significativa. Só que isso não está no futuro, pelo
andar da carruagem. Ou pelo ritmo das redes sociais. Está no passado.
portanto, é de todos – chego a pensar como alguns pessimistas que a humanidade é
um projeto questionável. Todos temos o direito de sonhar com uma sociedade mais
acolhedora e uma vida decente e significativa. Só que isso não está no futuro, pelo
andar da carruagem. Ou pelo ritmo das redes sociais. Está no passado.
A utopia é um lugar inexistente e que se mostra impossível de ser atingido no futuro.
Já a retrotopia é o retorno ao passado, a um modo de vida “que foi exageradamente,
irrefletidamente e imprudentemente abandonado”.
Já a retrotopia é o retorno ao passado, a um modo de vida “que foi exageradamente,
irrefletidamente e imprudentemente abandonado”.
Quem examina a degradação dos hábitos nas últimas décadas, seja na vida pública,
seja no âmbito da família, no seio da Igreja ou no estranhamento do convívio social,
só pode pensar que o futuro não se sustenta como promessa rósea. Em lugar do
prometido ócio, que atingiríamos com o avanço das tecnologias da informação e
da comunicação, estamos trabalhando cada vez mais. Em vez da sociedade fraterna,
há uma luta de todos contra todos. Onde o respeito? O brio? A honra? A polidez e a ternura?
seja no âmbito da família, no seio da Igreja ou no estranhamento do convívio social,
só pode pensar que o futuro não se sustenta como promessa rósea. Em lugar do
prometido ócio, que atingiríamos com o avanço das tecnologias da informação e
da comunicação, estamos trabalhando cada vez mais. Em vez da sociedade fraterna,
há uma luta de todos contra todos. Onde o respeito? O brio? A honra? A polidez e a ternura?
Lutas fratricidas, ressentimentos e ódio, violência e criminalidade, tudo depõe contra o
presente e anuvia o futuro. Só o passado é credor da admiração, pois já passamos
por ele e temos saudades daquilo que ele nos proporcionou. O perigo é lembrar
que no Brasil nem o passado é garantido. Pode ser alterado ao sabor das forças
momentâneas, como ocorria no “1984” do Big Brother…
presente e anuvia o futuro. Só o passado é credor da admiração, pois já passamos
por ele e temos saudades daquilo que ele nos proporcionou. O perigo é lembrar
que no Brasil nem o passado é garantido. Pode ser alterado ao sabor das forças
momentâneas, como ocorria no “1984” do Big Brother…
Fonte: Jornal de Jundiaí | Data: 15/09/2016
JOSÉ RENATO NALINI é secretário da Educação do Estado de São Paulo.
E-mail: imprensanalini@gmail.com.
Este mensário ou oráculo ou jogo acontece durante cada um dos 5 meses do Calendário SPIN : Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. : email de acesso: goiania
discreto encanto das retropias
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Bispo de Campos (RJ)
Jean Delumeau em seu livro: “O que sobrou do paraíso?”, descreve como a visão da Jerusalém Celeste foi sendo construída por teólogos, místicos e visionários, e como ela foi cedendo à construtos mais seculares expressas em esperanças e sonhos coletivos denominadas ou conhecidas por utopias. No fim do século XX foram projetadas as distopias (utopias negativas de infelicidade):
Admirável mundo novo e 1984. Já no terceiro milênio encontramos uma nova categoria: as “retropias” religiosas e políticas. Chamam-se assim porque, como no romantismo. a chave da felicidade está no passado, para as visões religiosas, na alta idade média, ou seja, nos mosteiros amuralhados como fortalezas contra o mundo, como espaços de defesa do sagrado e da pureza. Assim, muitos jovens olham para trás e buscam uma religiosidade ascética e penitente fugindo, assim, da secularidade e dos anti-valores da modernidade, torcendo para que aconteça logo o fim do mundo e o juízo, o Dia da Ira. As retropias políticas são menos sagradas e generosas, voltam aos anos 30 do século XX, e suspiram por líderes salvadores que sob o desígnio de Deus ou forças cósmicas, eliminem a todos aqueles que se opõem à uma ordem integrista, autoritária e fascista que ponha fim aos desmandos do crime de sonhar uma sociedade alternativa.
As retropias renunciam à esperança e às surpresas de Deus que faz surgir e irromper o novo do Reino, que vai-se concretizando em mediações humanas de justiça, paz, amor compassivo e igualdade, incluindo a todas as pessoas e criaturas, num Novo Céu e uma Nova Terra. Nosso Deus é um Deus vivo, amoroso e misericordioso, advogado e Pai dos pequenos e dos pobres, com Ele haverá sempre futuro para a humanidade, pois a última palavra da história, o que define o seu sentido e rumo será sempre o amor, que gera fraternidade e paz, nunca esquecendo que para isso nasceu Jesus o Salvador. Deus seja louvado!
Este mensário ou oráculo ou jogo acontece durante cada um dos 5 meses do Calendário SPIN : Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. : email de acesso: goiania
terça-feira, 28 de maio de 2019
ARTIST(S): Imagination, Leee John TITLE:Retropia
ARTIST(S):
Imagination, Leee John
TITLE:
Retropia
LABEL:
LJMUSICLTDVINYL1
|NOVA Rec.
1https://www.deejay.de/Imagination_Feat_Leee_John_Retropia_LJMUSICLTDVINYL1__289887
Este mensário ou oráculo ou jogo acontece durante cada um dos 5 meses do Calendário SPIN : Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. : email de acesso: goiania
Assinar:
Postagens (Atom)